Final Fantasy
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DADOS TÉCNICOS--------------------------------------------------------------------------------
Console: Famicom / NES
Release: 1987 / 1990
Develop: Square
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IMAGENS--------------------------------------------------------------------------------
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JOGOS JOGADOS ANTERIORMENTE--------------------------------------------------------------------------------
* Dragon Quest
* Super Mario RPG
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INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES--------------------------------------------------------------------------------
Nível de spoiler baixo, talvez inexistente.
R: Jogo concluído em 06/05/09 (~17:21).
M: Jogo concluído em ??/??/09.
Alguns fatos sobre o jogo:
* Final Fantasy é inspirado / teve influências de Dragon Quest, Ultima e The Legend of Zelda.
* Primeiro jogo onde, ambos heróis e monstros, são vistos no sistema de batalha simultaneamente.
* Possivelmente o primeiro RPG onde há mais de um monstro por batalha.
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REVIEW--------------------------------------------------------------------------------
APRESENTAÇÃO
R: A arte da caixa americana e capa do manual não representam bem o jogo, mas não é ruim. O manual contém quase todas as informações que deveria ter para um bom entendimento do jogo, mas está mal organizado e ainda contém um nível considerável de spoiler, já que há um walkthrough misturado com algumas das explicações de funcionamento do jogo. Pelo índice você não consegue perceber onde estão às informações sobre o funcionamento do jogo, servindo apenas como guia do walkthrough.
O jogo ficou devendo uma tela de título, mas a tela inicial contando a história com uma música criando um clima é muito boa. A tela de opções é simples, mas boa. Pessoalmente acho que o único problema é o Respond Rate com default 1, pois com 1 os textos são muito lentos. Ao menos poderia ser mais destacada esta opção. A tela de início da jornada é muito legal, também dando um clima bacana (e inesperado) ao jogo. Os menus do sistema de batalhas são bem montados, assim como o menu principal e suas opções: ITEM, MAGIC, WEAPON, ARMOR, e STATUS.
Observo que em Dragon Quest as armas, magias, itens e informações do status não têm esse limite de caracteres. Por exemplo, o equivalente de "ARMOR" é "Defense Power", em vez de SMALL tem-se "Erdrick Sword", etc. Então talvez pudesse ter sido melhor este aspecto.
Nota: 6,75
M: Concordo que o manual é um pouco bagunçado e acho que tem um nível de spoiler, mas não alto, e contém spoiler não baixo, perde pontos.
Na minha avaliação ter Respond Rate em 1 como default não é um ponto negativo, os níveis altos como 6, 7 e 8 podem agradar os mais exigentes, e para época não é de se espantar que os níveis 1 e 2 estejam lá. O que você citou de bom também concordo.
Nota: 6,3
GRÁFICOS
R: Bons, mas simples. Na maior parte do tempo os gráficos não causam confusão, ou seja, se sabe o que representam. Alguns detalhes talvez pudessem ser melhores, especialmente o contraste das cores em alguns lugares. Entretanto os gráficos das cidades e castelos no mundo é superior ao de Dragon Quest. O efeito após alcançar o altar de um dos elementos (fiends) é muito legal! Foi inesperado considerando o console, ou talvez seja minha pouca experiência com o famicom / nes.
Já o sistema de batalha tem menos detalhes de fundo que em Dragon Quest, mas por outro lado, inova com a presença dos heróis na tela e animação dos ataques.
Nota: 7,5
M: Bom, é curioso como nossa memória visual pode nos enganar, eu ia escrever que achava fraco os gráficos, mas antes disso fui conferir outros jogos como Zelda e Mario, e realmente o gráfico está num nível muito bom no NES. Poderia ser melhor nas dungeons, em alguns lugares as portas ficavam quase camufladas pela falta de detalhes, na batalha achei muito bom, de modo geral é bom mas com poucos detalhes.
Nota: 8,0
ÁUDIO
R: Há muita variedade de músicas, tendo uma música para: prólogo, início da jornada, cidades, dungeons, batalhas, final das batalhas, barco, barco-voador, game-over, e mais. Todas são composições muito boas, embora a qualidade sonora seja um pouco abaixo de outros jogos.
Já os efeitos sonoros são poucos e simples, o que não quer dizer que sejam ruins. Considerando as limitações da época, eles me parecem muito bons. Uma coisa que me decepcionou foi ao tocar o alaúde (LUTE) não ter uma música específica para o momento, ou pelo menos algum efeito sonoro. Em Dragon Quest e The Legend of Zelda se escuta a flauta tocando.
Nota: 8,75
M: Acho que disse tudo, ótima músicas e em bom número, fui confirmar e a qualidade está abaixo de outros jogos principais do NES como Mario e Zelda.
Nota: 9,15
JOGABILIDADE
R: O sistema de batalha é muito bom, mas um pouco lento. Atacar o vazio prejudica um pouco e fica meio fora da realidade. Salvar é melhor que em Dragon Quest, mas ainda assim as longas dungeons sem save são cansativas, especialmente quando acontece de morrer na saída de uma dungeon e ter que jogá-la toda de novo. Falar com as pessoas é simples, se comparar com Dragon Quest, tinha-se que acessar o menu de opções e selecionar 'falar'.
Comprar os itens em grande número é bem chato. Pode-se carregar um considerável número de itens, mas com o tempo este número se torna ruim, sendo necessário descartar o máximo de itens possíveis para não lotar o inventário. Um ponto negativo é a falta de um espaço extra para carregar o equipamento de defesa, pois considerando que os personagens estão equipados com armadura, escudo, elmo e luvas, não sobra espaço para novos itens... então como coletar os itens das dungeons? Isto pode não ser um problema de início mas da metade pro fim do jogo se torna uma dor de cabeça.
As magias bugadas foram levadas em conta também.
Nota: 7,0
M: Nos quesito itens e espaço concordo com você, analisando só do ponto do jogo, sem querer comparar com outros jogos, o fato de não poder analisar outros equipamentos por falta de jogo incomoda, assim como comprar 99 de um item, tendo que fica apertando o botão, respondendo 2 caixas de diálogo, eu usei o Turbo do NES, e mesmo assim demorava pra comprar as 99. Uma Hi-Potion ou um jeito de comprar rapidamente como escolher quanto quer comprar resolveria, ponto negativo nisso, pois precisa-se comprar as 99.
O fato de ser randômico o primeiro ataque me incomoda um pouco, quanto ao sistema de batalha lento, eu não o considero, não me incomodei com isso, ok só às vezes, quando tinha que aguentar as magias que atacam todos os integrantes seguidamente por minha parte e do inimigo, mas não chego a descontar por isso. No mais, a jogabilidade é muito boa.
Nota: 7,5
ENREDO
R: É bom para época, e ainda hoje aceitável, mas poderia ter sido um pouco mais trabalhado. Pequenas coisas como salvar a princesa raptada e conseguir uma chave para abrir portas parece ter sido tirado de Dragon Quest, mas de resto é muito bom com a história tendo alguns acontecimentos inesperados. O final foi o mais longo que tinha visto até então no NES, e concluí bem o enredo.
Embora pareça ser comum nesse tempo, muitos NPCs não foram devidamente atualizados e isso complicou um pouco a história e, em menor grau, a condução do jogo. Destaco os 12 sages de Crescent Lake e sua quase que total inutilidade pela falta de atualizações.
Nota: 7,5
M: Bem lembrado, os 12 sages fizeram papel de bobo. Eu achei péssimo o desempenho dos NPCs, muito ruim. Apenas 1% se atualizou com os eventos, o resto ainda falavam coisas que não faziam mais sentido há muitos séculos no jogo.
O enredo de um modo geral foi simples, bom e compreensível, no final pode-se dizer que foi até poético. Os detalhes do texto do jogo que ficaram de fora na versão USA, pesaram contra, os textos tinham mais ambientação, mais detalhes e facilitava a condução do jogo, mas temos que avaliar como está essa versão, uma pena.
Nota: 7,5
CONDUÇÃO
R: Na média a condução é muito boa. A liberdade de ir a vários lugares é excelente, mas em alguns momentos a falta de saber aonde ir pode provocar um longo caminho de idas e vindas com muitas batalhas, possivelmente inúteis, tornando esse momento chato. O pior evento, onde faz muita falta uma melhor condução, é a busca pelo 'barco-voador'.
Outro ponto negativo é como o mini-game secreto está escondido. Não há nenhuma pista fornecida pelo jogo para se desconfiar da existência dele. Além disso ele deveria ser acessado de maneira diferente (como ir a determinado lugar onde se encontraria o mini-game) e não por apertar B cinquenta vezes enquanto segura A durante uma viagem de navio.
Nota: 7,0
M: Discordo, pois o único momento que ficou chato foi um erro meu, então não encontrei problemas na condução. A Condução foi muito boa pra mim, só me tranquei uma única vez, e por besteira minha, não tinha notado que tinha o caminho pra encontrar os 12 sages e por isso dei mais 2 voltas no mundo à toa. É verdade, o barco talvez deva ter dado trabalho, a verdade é que o encontrei totalmente sem querer e na sorte, eu tinha coisas a fazer, e de repente o encontrei. O mini-game é tão escondido, que não o considero, só sei que existe porque você falou.
Nota: 9,0
DIVERSÃO
R: É ótima, exceto nos momentos em que a dungeon parece ser inacabável, principalmente por não ter pontos de save dentro dela, assim sendo, não da para parar de jogar. Além disso, numa dessas dungeons uma morte pode significar percorrer todo o longo trajeto dela de novo. Outro momento negativo foi durante a busca pelo 'barco-voador'*, conforme comentado no campo "condução". Por fim as batalhas inúteis, quando os personagens estão em um alto level e enfrentam monstros fraquíssimos (como Imps) devido a estar revisitando um local, e também as batalhas seguidas, pois desaceleram o progresso do jogo e pode causar perda de percepção da sua localização no labirinto.
Acrescentando, também concordo plenamente com seus pontos abaixo. E jogando o remake com o Blackbelt (Monk), a dificuldade realmente fica bem mais baixa e, consequentemente, a diversão mais alta.
* Achei realmente chato este momento.
Nota: 8,25
M: Bom, em algumas dungeons no final, não são as batalhas longas que me incomodam, mas várias delas em sequências, isso realmente atrapalha o andamento dentro da dungeon principalmente as estilos labirintos em que você tentava mentalizar o caminho que fazia, então encontrar batalha a cada 2 passos não foi legal, tirando isso achei tudo muito bom.
Achei o jogo de muito boa diversão, talvez por ficar fácil pra mim com o BlackBelt, não sei, mas os únicos pontos que estragaram um pouquinho a diversão, foram:
1-Não ter idéia do que Magias, Itens e Armas fazem, magia e item o Manual ajudava. Armas nem o que são dava pra saber.
2-Lotação máxima do espaço para ARMORS, tendo que jogar fora boas peças por lixo.
3-Potion recupera 20 HP de um total de 600, não tem "Hi-Potion", comprar 99.
4-NPCs super por fora das paradas.
5-Em alguns lugares, o chefão foi muito mais fácil que os monstros que os cercavam.
Todos esses fatores foram considerados em relação ao andamento do jogo, nunca comparando com outros jogos.
Nota: 9,2
DESAFIO
R: O desafio não é ruim, mas a mudança drástica do nível dos monstros em alguns pontos do início do jogo acaba deixando a dificuldade desregulada. Algumas dungeons, como a Marsh Cave, são muito difíceis, mesmo com o habitual treinamento pré-dungeon. O ganho de experiência e dinheiro é justo. Também as sessões de treino não foram muito cansativas, em especial devido a "península do dedo" que é muito útil. Foi uma boa surpresa.
Acrescentando, a desregulagem dos chefes pode ser devido ao Monk. Quando joguei o remake (com o Monk), os chefes eram muito fáceis. Para ser honesto o manual até recomenda algumas partys, mas acho que o próprio jogo deveria indicar que com o Monk o jogo é muito mais fácil.
Nota: 7,75
M: Concordo em parte, foi só no inicio do jogo isso, apenas percebi uma desregulação quanto aos chefes, a península é boa e foi muito útil na primeiro terço ou quarto do jogo. Dou mais pontos ao desafio pois usando grupos diferentes, o desafio pode mudar drasticamente, 6 classes com possibilidade de escolha de apenas 4 foi uma ótima jogada.
Nota: 8,0
KEEP GOING
R: Pior que a taxa de encontros de monstros, o encontro com os monstros quando eles são muito mais fracos que a party são muito chatos, pois são batalhas completamente inúteis. As mortes em dungeons costumam serem muito tediosas e algumas localidades de dungeons com monstros que paralisam podem se tornar extremamente desafiadores, causando mortes e consequentemente tédio. Por estes motivos, além de ocasionalmente ter dificuldade de achar o caminho certo e da impossibilidade de salvar dentro das dungeons longas, acabam cansando e gerando um Keep Going não tão bom.
O bug dos morcegos e fadas nas paredes foram levados em conta também, penalizando a nota levemente, já que provavelmente este bug não causaria problemas para quem não jogou outros Final Fantasys anteriormente.
Nota: 8,5
M: Me acostumei a fugir de batalhas com os fracos e foi tranquilo, tive poucas mortes, duas acho. Todos os fatores citados de não tão bom Keep Going foram recebidos por mim por um bom desafio, quando precisou treinei um pouco, mas foi muito menos que imaginava, o Keep Going comigo foi excelente, eu não queria que acabasse, dentro de algumas dungeons o Keep era um pouco mais baixo.
Nota: 9,5
REPLAY
A possibilidade de montar partys diferentes garantem um
bom excelente* replay ao jogo. Mas para quem começou com uma party que causa uma dificuldade maior, esse fator replay pode não ser notado.
* Editado, pois 'bom' era muito pouco. Mas o melhor é o seu "pra mim é nota 10" e em seguida da nota 9,6. xD
Nota: 9,3
M: Eu diria mais, um excelente Replay, isso sem contar que suspeito, que a intenção deles era você jogar várias vezes para ir aprendendo a usar os status que armas e acessórios causam, lembre-se também das magias, que em uma jogada não dá pra conhecer todas, e como estamos falado do NES, pra mim é nota 10.
Nota: 9,6
EXTRAS
R: Mini-game secreto, mas tão secreto que na época em que joguei só tinha visto em vídeos. Após jogá-lo achei divertido, embora simples. Acrescentaria bastante a diversão e keep going se fosse de alguma forma divulgado pelo jogo. Por ser quase inacessível a nota foi penalizada.
Nota: 7,0
M: Nada cita esse mini-game, nem o jogo e nem o Manual, e o método de consegui-lo o torna quase impossível que o acesse ao acaso. Muito mal.
Nota: 0,0
ORIGINALIDADE
R: Inovou principalmente com o sistema de batalha, onde aparece simultaneamente personagens e inimigos, e evoluiu boa parte daquilo que foi baseado em outros jogos. Também a escolha da party antes do jogo parece ser algo criado pelo jogo. Acarretou na criação de outros Final Fantasy's e contribuiu muito na evolução do gênero.
Nota: 9,0
M: Como fica difícil analisar sem jogar os RPGs anteriores ou lendo os detalhes dos outros, acho que só comparando o que o jogo proporciona em relação aos outros da época e do NES, dá pra contar uma boa originalidade, mesmo com algumas coisas presentes e jogos mais antigos mas com coisas novas que foram perpetuadas.
Nota: 9,0
COMPLEMENTAÇÃO
Bugs encontrados:
* Existe uma mulher invisível do primeiro castelo. Não prejudica o jogo, de fato acho que até acrescenta, como um "secret" não intencional. [FOTO 3, lá em cima]
* NPCs e morcegos nas paredes das Dungeons. Pode prejudicar para quem jogou outros Final Fantasys antes desse, perdendo tempo procurando por passagens secretas que dariam acesso a eles.
* Portas multiplicadas. Não prejudica, apenas é esteticamente feio.
* Magias que não funcionam. Esse é o pior, muito prejudicial, magias não funcionam e outras tem o efeito inverso, exemplo, em vez de deixar o inimigo mais fraco, deixa ele mais forte.
R: Apenas o 2o e o 4o bug prejudicam o jogo, nas minhas notas o 4o (magias defeituosas) afeta a jogabilidade e o problema da parede no keep going.
GERAL
R: Não é o melhor RPG, nem o melhor jogo do famicom / nes, mas é um jogo que vale muito a pena ser jogado, além de ter contribuído bastante para a evolução do gênero. Provavelmente a versão japonesa é ainda melhor, pois não tem os problemas de número de caracteres e alterações diversas.
Nota: 8,75
Total: 7,86
M: ...
Nota: 9,4
Total: 7,73